14 Março, 2019 9:31

Comemorações pelos 196 anos da Batalha do Jenipapo são marcadas por homenagens e novidades em espetáculo

Foram condecoradas 28 pessoas com a Medalha do Mérito Renascença e 28 com a Medalha Heróis do Jenipapo.

Francisco Gilásio
Solenidade em comemoração aos 196 anos da Batalha do Jenipapo (Francisco Gilásio)

O governador Wellington Dias participou, nessa quarta-feira (13), da solenidade cívico-militar em comemoração aos 196 anos da Batalha do Jenipapo, no município de Campo Maior. A programação do evento teve início às 12h com missa e culto em ação de graças, tendo prosseguimento no Monumento Heróis do Jenipapo, com o tradicional desfile militar, outorga de medalhas e apresentação de espetáculo em homenagem à batalha.

O dia 13 de março celebra uma das datas de maior importância na história do Piauí, que foi decisiva para a Independência do Brasil e consolidação do território nacional. “Celebramos esta data desde o ano de 2005, com a presença das forças armadas, do governo federal, municípios e Estado, pois é parte da agenda de comemorações do Brasil. Desta vez, a inclusão desse momento decisivo para a liberdade do nosso país nos livros de História do Brasil é mais um motivo para ser festejado”, destacou Wellington.

Para o prefeito de Campo Maior, Ribinha, a data tem uma grande representatividade no cenário municipal, estadual e nacional. “É necessário relembrar o 1823, ano em que ocorreu a batalha sangrenta em prol da Independência do Brasil, que demonstrou a coragem do campo-maiorense, a fé e a esperança por dias melhores. É por isso que sempre realizamos essa programação intensa com a parte religiosa, as comemorações com homenagens e a peça que retrata de forma emocionante essa jornada. É uma história que dá forças para que o povo de Campo Maior continue lutando, vencendo batalhas e inspirando muitos cidadãos”, pontuou o gestor.

No Monumento Heróis do Jenipapo, o governador fez a tradicional visita aos túmulos dos combatentes e, logo em seguida, teve o desfile militar. Homenagens foram feitas após o desfile, condecorando 28 cidadãos com a Medalha do Mérito Renascença do Piauí e mais 28 com a Medalha Heróis do Jenipapo. “É uma grande honra ser lembrado para receber esta nobre condecoração. Sou filho de Campo Maior e eu, assim como todos os campo-maiorenses, faço parte desta história marcante para o Brasil, que ainda é pouco conhecida, mas que não pode cair no esquecimento”, disse o subtenente do 3º BEC Picos, Marcelo Pires, que recebeu a medalha Heróis do Jenipapo.

Em seguida, os olhares se voltaram ao espetáculo dirigido por Franklin Pires, que contou com a participação de mais de 120 pessoas, entre técnicos e atores. Neste ano, a peça enalteceu a figura dos anônimos que lutaram na Batalha do Jenipapo e trouxe o tema da escravidão, por meio da história da escrava Felicidade. “Colocamos a visão da família ao ter que conviver com a angústia de perder um parente na guerra e de como foi passar por essa reviravolta na época. Também contamos a vida e morte de Felicidade, a escrava que viveu em uma fazenda de Campo Maior e foi morta com espetadas, a mando da mulher de seu patrão”, explicou o diretor.

Ao final do espetáculo, uma surpresa foi preparada. No momento crucial do confronto, uma crítica à violência, trazendo à tona nomes de vítimas de crimes de ódio que foram assassinadas no Piauí e no Brasil. Segundo o diretor Franklin Pires, nesta edição, a peça recordou o momento histórico e decisivo para a independência do país, com um olhar contemporâneo.

Autoria: Lorenna Costa

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