28 Junho, 2018 16:23

Hospital de Floriano recebe mais de 74% dos pacientes de neurocirurgia no estado

O resultando foi conseguir praticamente zerar a fila para pacientes em neurocirurgia.

Ao adotar a descentralização da saúde como prioridade, o Estado vem apresentando avanços na assistência à população no interior do Piauí. Um dos resultados mais significativos foi a implantação do serviço de neurocirurgia no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, em fevereiro de 2017. Com mais de um ano de implantação, essa assistência mudou o perfil do hospital e revolucionou a rede, tanto no sul do estado como na capital.

Dados apresentados pelo Complexo Regulador Estadual apontam que em 2017 foram encaminhados 1.804 pacientes que necessitavam de assistência em neurocirurgia. Em 2018, até a primeira quinzena de junho, foram 543. É aqui que os números mostram a resolutividade do Hospital Tibério Nunes.

Daqueles 1.804 pacientes regulados em 2017, o Hospital de Floriano recebeu 694, o que representavam 38,47% das regulações. Já em 2018, Floriano recebeu 403 pacientes, ou 74,22% do total.

A gerente do complexo, Luciane Formiga, explica que esses indicadores tiveram um impacto importante em toda a rede assistencial, vez que praticamente zerou a fila pelo procedimento. “Tivemos melhoras com a neurocirurgia em Floriano. A fila está praticamente zerada, com dois ou três pacientes na fila, por dia, para ser transferido. O Hospital de Floriano tem dado grande vazão, isso explica o número menor de pacientes que tem quer ser transferido para Teresina e número menor de pacientes para o HGV, ficando neste hospital, exclusivamente, os procedimentos de alta complexidade, como tumor, aneurisma e os casos de traumatismo raquimedular”, explica Formiga.

Os dados revelam ainda a alta resolutividade no hospital: em 2017, o Hospital de Floriano teve que encaminhar 65 pacientes que necessitavam de neurocirurgia para ser atendido em Teresina. Janeiro, mês anterior à implantação do serviço, foi o período em que mais se transferiu paciente para o HUT, foram 17. Já nos meses de novembro e dezembro, nenhum paciente precisou sair de lá para ter garantido o atendimento em outro centro.

Já em 2018, somente um paciente necessitou de transferência para o HUT, isso em janeiro. De lá para cá, não houve transferência, de acordo com dados da central, comprovando a grande concentração de pacientes da região sul no Tibério Nunes.

Além dos números do Complexo Regulador, o hospital também é “porta aberta”, ou seja, recebe pacientes que se dirigem à unidade por demanda espontânea, o que elevam os números apresentados. Levantamento feito pela equipe de neurocirurgia, de fevereiro de 2017 até o fim de maio de 2018, já foram mais de 2 mil pacientes atendidos.

De acordo com o neurocirurgião Cleciton Tavares, que atende no hospital, foram 347 cirurgias realizadas e 2.022 pareceres emitidos, igualando a unidade a centros de referência em Teresina, como o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). “A neurocirurgia de Floriano faz todos os procedimentos cirúrgicos que o HUT faz. Em termos de cirurgias de traumas, qualquer uma é operada em Floriano, igual como seria no HUT. Material cirúrgico já tem na mesma quantidade e na mesma qualidade que tem no HUT”, afirma o médico.

Autoria: Graciene Nazareno
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