28 Fevereiro, 2019 9:13

Governador retira mensagem de número 6 em tramitação na Assembleia Legislativa

A medida previa a suspensão de reajuste, promoções, progressões e nomeações de servidores no de um ano.

Jorge Bastos
Audiência com o presidente da CUT, Paulo Oliveira, e gestores (Jorge Bastos)

Em diálogo com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de sindicatos de classe, nessa quarta-feira (28), no Palácio de Karnak, o governador Wellington Dias decidiu retirar de tramitação na Assembleia Legislativa a mensagem número 6 que trata da suspensão de reajuste, promoções, progressões e nomeações de servidores pelo período de um ano.

Wellington explicou que a ponderação leva em consideração a Lei de Responsabilidade Fiscal que já prevê restrições para controlar o aumento do custo da folha de pagamento dos servidores. “Ultrapassamos o limite prudencial chegando a 48,5 % de gastos com a folha de pagamento, quando o limite considerado estável é de 46%. Se chegarmos a 49%, o Estado fica impossibilitado de fazer convênios. No ano passado, também, iniciamos dentro desse limite e conseguimos, com as medidas adotadas, chegarmos às condições de seguir”, ponderou Dias.

O chefe do Executivo estadual disse que vai seguir dialogando com as entidades de classe. “Alguns estados estão tendo que reduzir concursados e diminuir salário. E esse é um ponto que governador nenhum deseja chegar”, comentou Wellington.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte-PI), Paulina Almeida, enalteceu a retirada do ponto 6. “O diálogo é o melhor remédio. A retirada é um ponto bom. Foi uma luta nossa, que estamos há duas semanas peregrinando nos gabinetes, falando com os parlamentares. O que buscamos é a valorização dos servidores, não é apenas a questão salarial, é o acesso de nível e classe, as aposentadorias, a equiparação dos servidores. A nossa luta continua, mas seguimos o diálogo” comentou a sindicalista.

Na área da educação, Wellington explicou que está aguardando a renda per capita do aluno, na qual só em março é possível ter uma noção do valor anual. “Em março, vamos fazer as contas, mas vamos prosseguir com o diálogo. Sei da importância de seguirmos com a política que estamos adotando”, disse Dias.

Autoria: Tamyres Rebeca

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