16 Maio, 2017 10:29

Margarete defende ampliação do debate sobre Direitos Humanos em abertura de Mostra de Cinema

O evento iniciou nessa segunda (15) e segue até sábado (20).

Francisco Gilásio
Governadora em exercício participa da abertura da Mostra de Cinema e Direitos Humanos (Francisco Gilásio)

A governadora em exercício Margarete Coelho prestigiou a abertura da 11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, nessa segunda-feira (17), no Teatro do Boi, em Teresina. Na abertura teve a exibição dos filmes: “Depois que te Vi”, de Vinicius Saramago, sobre os direitos da pessoa com deficiência; e “De que Lado me Olhas”, de Ana Carolina de Azevedo e Helena Sassi, sobre diversidade sexual e cidadania LGBT. O evento segue até sábado (20).

Para Margarete Coelho, os temas abordados “são importantíssimos nesse momento em que as diversidades são vistas com tanta intolerância e as diferenças são vistas com tanta estranheza. O cinema sempre foi uma forma de denunciar, de discutir e de se posicionar tanto cultural como politicamente e que, com certeza, vai ampliar o debate sobre as pautas abordadas pelos direitos humanos”, disse a governadora.

A produtora local do evento, Leide Sousa, agradeceu a todos os parceiros que têm apoiando o evento, dentre eles o Governo do Estado, e disse que a mostra tem como objetivo abrir discussões sobre as variadas abordagens, tudo de forma gratuita. “Algumas pessoas confundem o que é direitos humanos e outras chegam a afirmar que esses só servem para defender bandidos. No momento que eu acredito que só representa uma coisa, estou me boicotando, boicotando você”.  Ela convida a todos a participarem do evento e enfatiza que durante toda essa semana, o Teatro do Boi será a “Casa dos Direitos Humanos, a casa de todos, discutindo e aprendendo a respeitar as diferenças”.

O estudante Carlos Alexandre, de 18 anos, assistiu à exibição dos filmes e ficou muito entusiasmado com o que viu, destacando que eventos como esse deveriam ocorrer com mais frequência na cidade. “Gostei muito. É uma realidade que a gente vê todos os dias, mas que as vezes não dá tanta importância aos sentimentos daquelas pessoas. Achei muito interessante o vídeo com os depoimentos das pessoas transgênero, e muda o olhar da gente sobre o tema. Quero vir em outras sessões”, disse Alexandre.

A superintendente de Relações Institucionais e Sociais do Governo do Estado, Núbia Lopes, chamou a atenção para a necessidade das pessoas buscarem conhecer os temas e tentarem compreender que cada pessoa tem os seus direitos e esses devem ser respeitados. “Respeitar é permitir que o outro seja feliz da forma como deseja ser”, disse Lopes.

Programação

Nesta edição, o circuito principal conta com 29 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens, divididos em três mostras: Panorama, Temática – que abordará questões de gênero; e Homenagem – com foco na obra da cineasta Laís Bodansky. Uma novidade este ano é a Mostrinha, voltada para o público infanto-juvenil, que vai exibir oito curtas-metragens, por meio do Cine Móvel Cajuí, um projeto de cinema itinerante executado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Durante a semana, terá a exposição do Salão Medplan de Humor, com o tema intolerância, organizado pelo curador Jota A. Costa.

Na programação, os filmes serão distribuídos em sessões pela manhã (de 10 a 12h), à tarde (de 14 a 18h) e à noite (de 19 a 21h).  Na quinta-feira (18) e sexta-feira (19), terão sessões com debates, coordenados pela doutora em Direito, professora Sueli Rodrigues, presidente da Comissão da Verdade e da Escravidão Negra da OAB/PI, e pela professora Andreia Marreiro, coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Direitos Humanos Esperança Garcia da Faculdade Adelmar Rosado/FAR.

Autoria: Tamyres Rebeca

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