O governador Wellington Dias abriu, nesta quinta-feira (1º), o VII Congresso de Ciência Política e Direito Eleitoral do Piauí (Concipol), realizado com o apoio do Governo do Estado, da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político e de outras instituições públicas e privadas. O evento acadêmico, consolidado entre os maiores do Brasil, segue até a sexta-feira (02), no auditório do Centro Universitário Novafapi e reúne mais de 560 participantes em diversos debates e palestras sobre o atual cenário político.

O Concipol conta com a participação de especialistas na área, que discutem sobre os vários desafios que a Ciência Política e do Direito Eleitoral têm que enfrentar. “É importante pôr o Brasil para dialogar sobre a democracia. Temos a legislação, que é um manual para que a sociedade possa viver, mas a aplicação desse manual é que é o desafio. Esse debate com especialistas vai permitir que cada participante se coloque melhor diante da análise dessa atual conjuntura”, destacou o governador.

O evento traz ao Piauí 40 palestrantes. São nomes como o do advogado do presidente Michel Temer, Gustavo Bonini Guedes que falará sobre “Os ilícitos eleitorais e as inelegibilidades”, além dos os ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral, Henrique Neves, Luciana Lóssio e Joelson Dias, que participam todos os anos do evento. O ex-senador e vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy, também será um dos palestrantes, no último dia de Concepol.

As mesas serão formadas com quatro ou mais palestrantes, de maneira que possam levar os congressistas a formar sua opinião democraticamente. “Vivemos em tempos de instabilidade política e será uma grande oportunidade para discutirmos o que pode ser feito, quais podem ser as consequências, de que forma a democracia poderá suportar todo esse burburinho em torno do sistema político. É um evento grandioso, que agrega muito ao conhecimento de jovens e demais pessoas engajadas”, afirmou a vice-governadora, Margarete Coelho.

Segundo o advogado e coordenador-geral do Congresso, Hemerson Daniel, todos os anos o evento traz variados temas políticos aos participantes. “Desde o início temos procurado abordar bastante a questão da reforma política, no entanto, durante os sete anos de Concipol, temos levantando outras bandeiras, tais como a participação da mulher na política, a criminalização da política e da advocacia, segurança jurídica nas campanhas eleitorais, regularização do lobby, dentre outros”, pontuou.

Os temas mais esperados pelo estudante do 9º período de Direito, Itallo Vinicius, que participa do Congresso, são os relacionados a Ciência Política. “Nós, estudantes de Direito, temos que estar sempre em busca de novos conhecimentos e o congresso nos oferta a oportunidade de estar a par do que acontece no cenário político, além de permitir que tenhamos uma melhor visão para análise. Acredito que todos sairão com uma boa carga de informações e outras perspectivas”, disse.

Programação:

01 junho

09:00 - Solenidade

10:00 - Democracia em xeque, democracia em choque: efeitos colaterais da demonização da política

10:40 - Partidos políticos e a crise do modelo representativo

Intervalo

14:00 - Direito penal eleitoral e a criminalização da política

15:30 - Candidaturas laranja”: o faz de conta da inclusão da mulher na política

16:10 - Eleições e contencioso eleitoral

17:40 - O pré-registro de candidatura: em defesa da segurança jurídica nas campanhas eleitorais

18:10 - Sistema político e crise: a (des)necessidade de reforma

02 junho

09:30 - A construção de um brasil justo e civilizado: quais os instrumentos de política econômica que possa elevar o grau de justiça na sociedade

10:10 - Os ilícitos eleitotais e as inelegibilidades

 Intervalo

14:00 - Propaganda eleitoral e partidária: um olhar sobre as eleições passadas e vindouras

 15:30 - Financiamento da política e das eleições: desafios e novas perspectivas

16:10 - Estado, direito e democracia: o esgarçamento ou fortalecimento das instituições brasileiras?

17:40 - Propaganda eleitoral na era digital: regulamentação e controle

18:20 - Lobby, corrupção e democracia: avanço legislativo ou instrumento de desigualdade política?