30 Setembro, 2017 10:58

Seminário discute transparência e controle social no Piauí

A CGE participou do evento inserindo o debate sobre a parte que cabe aos cidadãos no controle da gestão pública.

Ascom CGE
Nuno Bernardes abordou os mecanismos de controle disponibilizados pelo Estado aos cidadãos (Ascom CGE)

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em parceria com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), com o apoio do Conselho Regional de Contabilidade (CRC/PI), realizou, nessa sexta-feira (29), em Teresina, o Seminário Regional de Transparência e Controle Social.

O evento trouxe à discussão a importância do fortalecimento do controle social com o objetivo de gerar multiplicadores junto à sociedade civil, agentes públicos e comunidade contabilista, promover a participação social para a melhoria dos serviços públicos ofertados aos cidadãos, além de incentivar a formação de ouvidorias e informar as boas práticas de governança em funcionamento no Estado.

A Controladoria-Geral do Estado do Piauí (CGE) participou do evento inserindo o debate sobre a parte que cabe aos cidadãos no controle da gestão pública.

Em um ciclo de palestras, o auditor governamental da CGE, Darcy Siqueira, apresentou exemplos de sucesso da efetividade do controle feito pelos cidadãos. Para ele, cada um deve fazer a sua parte na fiscalização dos recursos públicos.

“Temos que conscientizar nossa geração, que é tão pouco comprometida, pois é possível ter um controle social fortalecido, desde que haja cidadãos preparados para isso. Existem diversos mecanismos de controle, como as ouvidorias, conferências e debates públicos, orçamento participativo, conselhos de políticas públicas e outros exemplos. Esses mecanismos são importantes instrumentos da sociedade na fiscalização e controle da avaliação da gestão pública, pois a vigilância e o monitoramento das ações do Estado podem orientar e redirecionar as atividades do poder público”, disse Darcy Siqueira.

Darcy Siqueira apresentou exemplos de sucesso da efetividade do controle feito pelos cidadãos (Ascom CGE)

No Piauí, há dois exemplos emblemáticos nos quais a participação social faz resultados no controle da gestão pública. A Força Tarefa Popular, que foi objeto de estudo da pesquisadora da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Teresa Cristina Matos e apresentado por ela no evento e o Observatório Social de Picos, apresentado no evento pelo advogado Tiago Lopes Rego, presidente da organização.

Governo incentiva transparência

O controlador-geral do Estado, Nuno Bernardes, também esteve presente ao evento, onde abordou os mecanismos de controle disponibilizados pelo Estado aos cidadãos. No Piauí, a CGE é responsável por gerenciar três deles: o Portal da Transparência, mecanismo de transparência ativa que disponibiliza informações como folha servidores,  licitações e contratos; o aplicativo Gestão Transparente que aproxima o cidadão das ações do governo e funciona ainda, como um canal de denúncias e sugestões; e o Serviço Eletrônico de Informações ao Cidadão (e-SIC) que permite ao cidadão solicitar informações a todos os órgãos e entidades do Poder Executivo.

Ele ainda reforçou a importância da participação social para fortalecer os órgãos de controle. “Sem a participação popular, os trabalhos dos órgãos de controle perdem 80% da eficácia. Se nós, como instituições temos nossas limitações, a cobrança da população nos legitima. O Tribunal de Contas precisa de uma população forte, isso legitima o trabalho do TCE, a Controladoria precisa de uma população atuante e de um Tribunal de Contas atuante para que legitime também as cobranças. Cidadania não é só o Estado mostrar os dados, é trazer o cidadão para o seu dia a dia, então, eu acho que esse é um momento ímpar para discutirmos e aprimorarmos essa temática tão importante para a sociedade”, disse Nuno Bernardes.

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