Gestores discutem projeto de ressocialização em reunião no Karnak (Lázaro Lemos)

O defensor público geral do Estado do Piauí, Erisvaldo Marques dos Reis, participou nesta quinta-feira (8), de reunião com a governadora em exercício, Regina Sousa, na qual foi discutida a implementação de projeto, visando atender a expectativa de reinserção no mercado de trabalho para os egressos do Sistema Prisional, assim como a profissionalização dos reeducandos dentro das Unidades Prisionais, o que atende às expectativas do Escritório Social implantado pelo Conselho Nacional de Justiça no Piauí.

Estiveram presentes os secretários de Segurança, Fábio Abreu; de Justiça, Carlos Edilson Sousa; o promotor Elói Pereira Júnior; a representante do CNJ no Piauí, Gabriela Lacerda; a artista plástica Kalina Rameiro, além de técnicos e diretores ligados à Vice-Governadoria e demais pastas e Instituições presentes.

A ideia é, a partir de um projeto desenvolvido por Kalina Rameiro, fazer nesse primeiro momento com que as reeducandas da Penitenciária Feminina realizem a produção de embalagens para as peças produzidas pela artista plástica por meio de uma Cooperativa ou Fundação, o que resultará também em ganhos para a remissão de pena.

Kalina Rameiro explicou que a produção das embalagens pode contar com a participação de estudantes de cursos de artes e moda das Universidades locais, que capacitarão as reeducandas para que possam sair do Sistema com uma habilidade profissional definida. Segundo a artista plástica, além dela, mais 5 empresas já demonstraram interesse em aderir. “Nosso projeto prevê  que as detentas possam confeccionar embalagens para meu ateliê, mas também para outras empresas. Trabalho que pode ter continuidade após saírem da Penitenciária. O período certo para começar é agora, porque o Natal se aproxima e as produções tendem a aumentar”, destacou.

A governadora em exercício declarou estar entusiasmada com a implementação. “Acredito que terá um saldo muito significativo e é algo que tem que acontecer logo. Vamos nos assegurar dos meios jurídicos, ver as questões trabalhistas, para que tudo ocorra dentro da legalidade. O importante é capacitar essas pessoas para que sejam gestoras do seu próprio negócio e possam, de alguma forma, reiniciar a vida produtiva quando saírem do Sistema Prisional. Vamos empoderar as que estão lá, como primeiro passo, para que dele possam nascer outras ramificações, garantido emprego e renda para essas pessoas”, falou Regina Sousa.

Erisvaldo Marques falou sobre o significado do Projeto. “Certamente irá contribuir significativamente para a ressocialização das reeducandas que se encontram na Penitenciária Feminina. É uma importante iniciativa que irá proporcionar a essas mulheres, a maioria abandonada pelos maridos, uma fonte de trabalho e renda quando saírem do Sistema, evitando que possam reincidir, além de ser um passo para que outros empresários também possam levar alguma linha de produção para dentro das Unidades Prisionais, contribuindo para a reinserção social a partir da profissionalização", afirmou.