Defensores públicos discutirão o tema

A Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE-PI) realiza, nesta sexta-feira (28), roda de diálogo sobre a temática da Campanha do Laço Branco. Com o tema “Homens pelo fim da violência contra a mulher”, a iniciativa é coordenada pelos Núcleos Especializados de Direitos Humanos e Tutelas Coletivas e de Defesa da Mulher em Situação de Violência da DPE-PI.

A roda de diálogo será realizada no Núcleo Central da Defensoria Pública, na sala do Núcleo de Solução Consensual de Conflitos e Cidadania (NUSCC), das 14h30 às 17h. Participarão defensores públicos da capital e interior.

“Trata-se de um projeto realizado a partir de um termo de cooperação com a Prefeitura de Teresina, no tocante a garantir a discussão da Campanha do Laço Branco, que tem o objetivo de colocar homens para discutir sobre sua posição no processo de violência contra as mulheres.  Na  medida em que o homem consegue se observar como partícipe nesse processo, entendendo que gera uma violência estrutural, que o machismo leva à prática dessa violência sem que,  muitas vezes, nem se perceba essa realidade, ele começa a assumir seu papel dentro do processo e a mudar seu comportamento tornando-se um multiplicador dessa mudança”, explica o defensor Igo Castelo Branco Sampaio, do Núcleo de Direitos Humanos da DPE-PI.

O defensor diz que, embora nesse primeiro momento a discussão envolva apenas defensores públicos, outros públicos deverão ser envolvidos. “A ideia foi começar pelos defensores, porque acreditamos que temos que fazer o nosso dever de casa, inclusive para que entendamos que nossa obrigação de agente político requer uma responsabilidade maior. Temos muita responsabilidade nesse sentido, mas o debate será estendido a outras áreas, envolveremos servidores, estagiários, assistidos e mesmo públicos externos à Defensoria”, diz Igo Sampaio.

Para a defensora pública Lia Medeiros do Carmo Ivo, titular da 1ª Defensoria Pública da Mulher, a roda de diálogo é importante para ampliar os espaços de debate sobre a temática da violência contra a mulher e dissolver a ideia de que essa discussão se restringe ao gênero feminino. “Os homens precisam refletir e provocar reflexões em seus grupos de convívio, assumindo um papel proativo nessa luta”, afirma Lia Medeiros.