Defensoria realiza monitoramento nos abrigos de idosos em Teresina e Parnaíba
Plano obedece cronograma que será finalizado no mês de outubro do corrente ano
As defensoras públicas Sara Maria Araújo Melo, titular da 1ª Defensoria Pública do Idoso e Sarah Vieira Miranda Lages Cavalcanti, titular da 2ª Defensoria Pública do Idoso, iniciaram pelo Abrigo São Lucas, as atividades do Plano de Monitoramento e Ação Defensorial em Prol dos Idosos em Situação de Abrigamento no Piauí.
O Plano, executado pelo Núcleo Especializado do idoso e da Pessoa com Deficiência da DPE-PI, prevê visitas aos abrigos de idosos de Teresina e Parnaíba, obedecendo um cronograma que será finalizado no mês de outubro do corrente ano. Além do Abrigo São Lucas, serão monitorados a Vila do Ancião, Casa Frederico Ozanam, Abrigo Manaim, Casa São José, Casa Santana e Abrigo São José, sendo este último no município de Parnaíba.
“Sair do Gabinete e vir exercer um trabalho dentro de um abrigo de idosos, para nós que somos um Núcleo de Defesa, é uma experiência excepcional, tanto por nos possibilitar vivenciar mais de perto a realidade dos idosos, seja para identificação de suas prementes necessidades, em especial aquelas que podem ter atuação imediata da DPE. Algo que percebemos de imediato ao buscar preencher a ficha é que a grande maioria desses idosos não consegue fornecer informações básicas a seu respeito. Outros não têm mais independência, seja por deficiência física ou mental, uma realidade muitas vezes desconhecida. Será uma experiência muito enriquecedora não só como Defensora Pública, mas também como pessoa, assim como para nossos estagiários e toda equipe que está integrada nessa ação”, afirma Sara Melo.
Sarah Miranda também destacou a relevância da atividade. “Essa visita faz parte do Plano de Ação e Monitoramento, para avaliar como está s situação do abrigamento no Piauí. Estamos iniciando pelo Abrigo São Lucas dentro desse projeto onde queremos conhecer o perfil do idoso que está em situação de abrigamento, os motivos que estão levando as pessoas a serem abrigadas, perceber se a Defensoria pode atuar para fortalecer os laços familiares e evitar assim a situação do abrigamento. Vamos ainda ver o grau de escolaridade, se o público é mais feminino ou o masculino, diagnosticar situações de violência se for o caso, ver se estão com empréstimo consignado, se têm alguma ação que a Defensoria possa realizar em relação a sub-registro e verificar quais as principais deficiências dentro do a brigo, como a questão de acessibilidade, se tudo está adaptado para receber o idoso. A gente vem com esse olhar, de sair do Gabinete para vir conhecer o nosso público. Ver se há alguma necessidade da Defensoria ajuizar alguma ação em prol desses assistidos. Vamos coletar dados e publicar essa pesquisa, tentando atuar nessa área do abrigamento, observar se ele pode ser uma exceção ou se tem sido uma regra e, nesse caso, o que a Defensoria pode fazer para evitar maior número de abrigados”, diz a defensora.
“Esse monitoramento será fundamental para que a Defensoria Pública possa implementar ações voltadas para a garantia de direitos dos idosos que se encontram em situação de abrigamento, a maioria dos quais possui o perfil do público-alvo da Instituição. Temos certeza que com a dedicação das defensoras públicas Sara Miranda e Sara Melo, em conjunto com a equipe do Núcleo do Idoso, chegaremos a um resultado satisfatório, capaz de reverter qualquer situação inadequada em que se encontrem esses idosos, podendo contribuir para melhorar a qualidade de vida dos que realmente têm no abrigamento a única opção”, afirma a defensora pública geral, Hildeth Evangelista.