07 Dezembro, 2017 13:31

DPE realiza atividade no Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Laço Branco, símbolo da campanha, foi distribuído a todos os homens que trabalham na instituição.

Lázaro Lemos
No Núcleo Central da Defensoria, os homens aderiram ao chamado da campanha (Lázaro Lemos)

O Laço Branco, símbolo do engajamento dos homens pelo fim da violência contra as mulheres, foi distribuído, na última quarta-feira (6), nos Núcleos da Defensoria Pública do Estado do Piauí, em referência ao Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que transcorreu na data.

No Núcleo Central da Instituição, todos os homens foram convidados a vestir a camisa referente ao dia, assim como a adotar o uso do Laço Branco. Na oportunidade, o subdefensor público geral, Erisvaldo Marques dos Reis e o diretor Administrativo da DPE-PI,  Ivanovick Feitosa Dias Pinheiro, fizeram falas relacionadas a importância da participação dos homens no combate à violência contra as mulheres.

“É muito bonito ver a Defensoria engajada nessa campanha. Entendemos que a conquista dos Direitos Humanos não se dá em dois ou cinco anos. Trata-se de um exercício diário,  que parte obviamente dos governantes, dos tratados internacionais, da Constituição, mas acima de tudo da atitude de cada um.  Quando o homem brasileiro lê as estatísticas da violência contra a mulher certamente se sensibiliza. São números assustadores, que mostram que ainda se tem muito a fazer para que o país saia de uma posição vergonhosa que o coloca em 5º lugar no ranking de homicídios de mulheres. Para que possamos nos sentir orgulhosos de uma  posição nesse ranking  precisamos tomar pequenas e grandes atitudes no cotidiano. Muito se diz que a  violência está atrelada a pobreza, contudo nos últimos anos o Brasil se tornou um pais muito mais rico, temos mais homens com educação formal e no entanto a violência contra as mulheres, especialmente contra as mulheres negras, só aumenta. Para que isso mude não basta uma atitude só das mulheres, não adianta que só os Órgãos e Instituições façam campanhas, é necessário que os homens se unam e mudem de atitude. Essa violência precisa acabar”, enfatizou Ivanovick Feitosa.

“Os números são realmente alarmantes e infelizmente o Brasil tem uma triste posição de destaque no ranking da violência doméstica, que na verdade não deveria sequer existir. É bom lembrar que não se trata apenas da questão da violência física. Ela existe sob vários aspectos, como a patrimonial e de restrição de direitos. Na realidade todas as pessoas devem ser tratadas de forma igual, independente de gênero. Mas são em várias ações do dia-a-dia que a gente pode começar a ter um novo pensamento a respeito da condição da mulher. É preciso evitar atitudes que muitas vezes tomamos até  inconscientemente, reproduzindo frases e comportamentos que vêm de geração em geração. Nós homens devemos ser proativos para que essa realidade mude e todos vivam em situação de igualdade”, afirmou o subdefensor público geral, Erisvaldo Marques.

A ação da quarta-feira foi bem recebida pelos homens que fazem parte da Defensoria. O motorista Domingos Mendes de Andrade foi um dos que vestiu a camisa e adotou o uso do Laço Branco. “Acho ótima uma iniciativa como essa. Nós homens, que estamos engajados nas causas sociais, lutamos por isso, pela participação e conscientização sobre esse tema”, afirmou.

“Estamos vivendo um momento em que as mulheres  têm tomado mais consciência dos seus direitos, o que muitos homens não aceitam, É preciso então esse tipo de atitude, levando o esclarecimento a todos os lugares e realmente fazendo a diferença”, declarou Leonardo de Araújo Mastrangelo, membro da Comissão de Licitação da DPE-PI.

“Achei muito importante a Defensoria se engajar  nesse combate à violência contra a mulher. Vemos que por ser uma Instituição de defesa  da população ela abraça essa causa não apenas através do Núcleo da Mulher, mas se estendendo a todos os setores. É importantíssimo que os homens tenham essa consciência em relação a causa da mulher, que deve começar desde cedo, dentro de casa, na educação que se dá aos filhos”, disse o motorista Pedro Moreno da Silva.

A Defensoria Pública está engajada desde o dia 25 de novembro na Campanha “16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres”, que engloba o dia 6 de dezembro. As ações vêm sendo desenvolvidas no Núcleo Central, Unidade João XXIII e Núcleo da Mulher, por meio dos assistentes sociais do Centro de Atenção Multidisciplinar (CAM).

Autoria: Ângela Ferry
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