15 Setembro, 2019 10:00

Defensoria será parceira de projeto para dar visibilidade a autoras negras

Detalhes foram acertados entre os gestores da defensoria e a professora Andreia Marreiro.

Tatiara de França
Defensor-geral, Andreia Marreiro e subdefensora-geral acertaram detalhes da parceria (Tatiara de França)

O defensor público geral do estado do Piauí, Erisvaldo Marques dos Reis, e a subdefensora pública geral, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior, receberam a professora Andreia Marreiro Barbosa, coordenadora da Pós-Graduação em Direitos Humanos Esperança Garcia da Faculdade Ademar Rosado, oportunidade em que trataram sobre o fortalecimento da parceria entre a Defensoria Pública e a Pós-Graduação, com o desenvolvimento do Projeto Esperançar, visando estimular a leitura de obras produzidas por autoras negras. A diretora das Defensorias Públicas Regionais, Karla Araújo de Andrade Leite, esteve presente ao momento.

A intenção é que o projeto seja desenvolvido em três etapas, sendo a primeira a divulgação de autoras negras e suas obras, visando que sejam conhecidas e reconhecidas no âmbito da Defensoria; a segunda com a promoção de roda de conversa, objetivando a discussão das referidas obras; e a terceira com a arrecadação das obras lidas, as quais serão doadas às participantes do Projeto Defensoras Populares, desenvolvido pela Defensoria Pública, a fim de iniciar uma biblioteca que servirá às multiplicadoras formadas no projeto e pessoas que com elas convivem.

O Projeto Esperançar nasceu após o assassinato da vereadora Marielle Franco e tem também em Esperança Garcia a sua inspiração. “Tivemos essa reunião para pensar o Projeto Esperançar com as Defensoras, instituindo essa parceria da Pós-Gradução de Direitos Humanos Esperança Garcia com a Defensoria Pública, nesse projeto de estimular a leitura de autoras negras e seguir nessa continuidade do convênio”, explica a professora Andreia Marreiro.

Para a subdefensora pública geral, aderir ao Projeto é um ganho para a Defensoria. “Será uma grande satisfação trabalhar em parceria com a professora Andreia Marreiro e desenvolver o Projeto Esperançar dentro da Defensoria Pública, desta feita para difundir as histórias, vivências e pensamentos das autoras negras entre todos os profissionais da instituição, sensibilizando-nos cada vez mais. Por fim, distribuir as obras lidas às multiplicadoras formadas no Projeto Defensoras Populares contribuirá para o seu empoderamento e somará muito para que continuem a sua luta diária e em prol dos direitos humanos”, destaca Carla Yáscar Belchior.

O defensor público geral concorda sobre a importância da iniciativa. “A Defensoria Pública recebe com satisfação a proposta. Temos a convicção que poder contribuir para dar visibilidade a essas autoras negras certamente será um diferencial, porque se destina a corrigir uma falha histórica, advinda de uma cultura racista que silenciou por tantos anos as vozes das mulheres negras no Brasil, desconhecendo essas autoras e a importância que elas têm para a literatura nacional. Será uma satisfação poder colaborar com tão importante iniciativa”, diz Erisvaldo Marques.

Autoria: Ângela Ferry
Tags: