25 Julho, 2017 9:44

Hildeth Evangelista participa de reunião no BNDES para garantir linha de crédito às defensorias

A reunião foi para mostrar à diretoria do banco a importância do financiamento para o reaparelhamento dessas instituições.

Erick Magalhães
Hildeth Evangelista integrou comitiva de defensores que participou de reunião no BNDES (Erick Magalhães)

A defensora pública geral do Estado do Piauí, Hildeth Evangelista, e outros 12 defensores públicos reuniram-se, no fim de semana, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), no Rio de Janeiro, para defender a manutenção e o efetivo acesso à linha de crédito criada pela instituição para fomentar a modernização das Defensorias Públicas estaduais e do Distrito Federal.

Segundo a defensora geral, a reunião foi para mostrar à diretoria do banco a importância do financiamento para o reaparelhamento dessas instituições. “As defensorias públicas necessitam da manutenção dessa linha de crédito para que seja possível aparelhar e modernizar suas estruturas. Precisamos superar a questão do endividamento dos Estados para que essa linha de financiamento possa efetivamente ser disponibilizada a todas as defensorias do país”, afirmou Evangelista.

A linha de financiamento do BNDES voltada às DPEs existe desde 2011, mas, nos últimos seis anos, apenas duas defensorias públicas tiveram acesso à linha de crédito: a do Rio Grande do Sul e a de Pernambuco, que obtiveram empréstimos nos valores de R$ 40 milhões e R$ 18 milhões, respectivamente.

Estimada em R$ 300 milhões, a linha de financiamento foi criada pela resolução 4.015, em 29 de setembro de 2011, do Banco Central (BC). A norma autoriza a contratação de novas operações de crédito destinadas à modernização da administração-geral e patrimonial das defensorias públicas dos Estados e do Distrito Federal.

Mas a resolução 4.589, editada no último dia 29 de junho pelo BC, burocratiza ainda mais os procedimentos para a obtenção da linha de financiamento. É que a norma, prevista para entrar em vigor em janeiro de 2018, impõe limites para a concessão do crédito aos órgãos e entidades do setor público, atingindo, dessa forma, as DPEs.

Defensores públicos participam de encontro no BNDES (Erick Magalhães)

“Isso pode prejudicar as defensorias públicas que realizaram todo um trabalho prévio para que fossem admitidas a receber o financiamento. Então, queremos sensibilizar o BNDES quanto à necessidade de manter essa linha de crédito para as defensorias que já conseguiram ultrapassar a burocracia necessária no âmbito estadual”, disse o presidente do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege), defensor público geral da Bahia, Clériston Cavalcante de Macêdo, que liderou a comitiva no Rio de Janeiro.

Ele explicou ainda que a demora na concessão do crédito se deve a uma série de contrapartidas exigidas pela resolução. Dentre as quais, a necessidade de aprovação de lei estadual sobre o uso do empréstimo, o que envolve a participação dos poderes Legislativo e Executivo dos estados e do Distrito Federal no processo.

Além do Piauí e da Bahia, estiveram presentes à reunião na sede da DPRJ e no BNDES, os representantes das defensorias públicas do Rio de Janeiro, Acre, Rio Grande do Sul, Maranhão, Tocantins, Rio Grande do Norte, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Roraima.

Defensores públicos participam de encontro no BNDES (Erick Magalhães)

Fonte: Ascom DPE-RJ
Autoria: Catarina Santiago
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