07 Novembro, 2017 11:18

Projeto de Defensores Públicos do Piauí é selecionado no Concurso de Práticas Exitosas do XIII Congresso Nacional de Defensores Públicos

O projeto dos defensores do Piauí trata da aplicação da metodologia dos Círculos de Construção de Paz, a mesma empregada na Justiça Restaurativa

Lázaro Lemos
Defensores Públicos em um dos Círculos aplicados por Dra. Débora Cunha e Dr. Rogério Newton (Lázaro Lemos)

O projeto “Círculos de Construção de Paz por Dois Defensores Públicos”, de autoria dos defensores públicos Débora Cunha Vieira Cardoso e Rogério Newton de Carvalho Sousa, foi selecionado para o Concurso de Praticas Exitosas, que acontecerá dentro do  XIII Congresso Nacional de Defensores Públicos, no período de 13 a 17 de novembro do ano em curso, em Florianópolis, Santa Catarina.

Um dos pontos altos do Encontro, é o Concurso de Práticas Exitosas, que visa o compartilhamento das experiências dos defensores públicos de todo o Brasil em suas áreas de atuação. O projeto piauiense foi selecionado juntamente com mais 26 trabalhos, oriundos de vários estados.

O projeto dos defensores do Piauí trata da aplicação da metodologia  dos Círculos de Construção de Paz,  que é a mesma empregada na Justiça Restaurativa para resolução conflitos judiciais, podendo ser empregada também em círculos de diálogo.


“É importante o reconhecimento do XIII Congresso Nacional de Defensores Públicos ao nosso trabalho com Círculos de Construção de Paz. Equivocadamente, os métodos de solução dialogal de conflitos são considerados por muitos como uma “subcategoria de Justiça”. Mas isso não  é verdade. São abordagens diferentes da adversarial, que ainda é hegemônica no Sistema de Justiça. Os métodos dialogais são importantes não só porque supostamente ajudam a desafogar a Justiça, mas sobretudo porque são mais profundos e alcançam não só a lide jurídica, mas também a lide sociológica” afirma Rogério Newton.

“O nosso trabalho com os círculos de diálogo e restaurativo está alinhado com o que há de mais moderno no sistema jurídico, que é a resolução pacífica dos conflitos entre as pessoas. Tivemos a oportunidade de vivenciar momentos de muita emoção, pois os círculos convidam a todos a dialogarem sob uma perspectiva de igualdade e humanidade e, por isso, também, temos muita confiança nessa metodologia. Desde que tive contato com a Justiça Restaurativa percebi uma grande mudança na minha forma de atuar junto aos conflitos que chegam até mim. Entendi, sobretudo, que a principal função do defensor público é diminuir a dor das pessoas que nos procuram. As relações humanas são a nossa matéria prima, e é importante que possamos nos aperfeiçoar cada vez mais nesse universo. Estamos muito felizes com a aprovação do projeto, e gostaria de agradecer imensamente a colaboração da ex- estagiária e servidora da Defensoria Lorenna Costa, que nos ajudou na elaboração e encaminhamento do projeto”, afirma Débora Cardoso.

Autoria: Ângela Ferry
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