30 Junho, 2017 16:04

Base Nacional Comum Curricular é tema de debate em Congresso

mesa de debates foi conduzida pelos professores Omar Albornoz, que criticou a extinção da Língua Espanhola da Base Nacional Comum Curricular(BNCC)

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi tema da segunda mesa de exposição e debates durante o II Congresso Internacional de Espanhol, que encerra nesta sexta (30), às 18h, no auditório do Centro de Formação Antonino Freire. A mesa de debates foi conduzida pelos professores Omar Albornoz, que criticou a extinção da Língua Espanhola da Base Nacional Comum Curricular (BNCC); a professora Vilma Silva Lages, que fez um comparativo entre os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs); e a BNCC, e as professoras Maria José Sales e Giselda da Costa, que traçaram as principais mudanças implementadas a partir da Nova Base Comum Curricular.   
Para o professor Omar Albornoz, a exclusão da língua espanhola significa um retrocesso na proposta de educação brasileira. "Aqui no Piauí, por exemplo, a UESPI hoje tem 16 turmas e cinco especializações, além de cursos à distância e do Parfor. Trata-se de um número significativo de alunos que exercem a profissão de professor de espanhol", pondera Albornoz.   
O palestrante destacou que essa lei foi construída sem ouvir o que usuários e gestores do sistema público de educação pensam a respeito tanto em relação ao Espanhol, quanto a outras disciplinas necessárias na formação do educando. "Não houve consulta ou regulação participativa da sociedade, nem foi considerado o impacto gerado  na realidade", critica Omar.
O professor explicou que a Lei 11.161/2005, que dispunha sobre o ensino de Língua Espanhola no currículo nacional foi revogada pela Lei 13.415/2017, que entre outras coisas, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional, tornando obrigatório o ensino de língua inglesa a partir do 6º ano além de tornar facultativo o ensino de Língua Espanhola no Ensino Médio.
"A lei 11.161/2005 foi um avanço por apostar no plurilinguismo e pluriculturalismo. Nosso fio de esperança é um artigo que frisa que o currículo será composto por itinerários formativos a serem definidos localmente pelos sistemas de educação", avalia. 
Segundo Vilma Silva Lages, um aspecto positivo da BNCC é que ela detalhou as habilidades e competências que o aluno deve ter ao final do 9º ano. Sobre as semelhanças e diferenças entre BNCC e PCN a professora Vilma Lages, diz que a BNCC detalha mais o conteúdo, mas não diz o como fazer. "Outra inovação da BNCC é que ela traz a tecnologia digital, o letramento e texto multimodal", explica Vilma.
De acordo com a professora Maria José Sales, uma das críticas a BNCC, é quanto ao treinamento para as avaliações externas sem levar em conta as diferenças regionais. "Esse ano, por exemplo, é ano de IDEB então o que se percebe é que se treina os professores para  preparar os alunos para responder a avaliação externa sem levar em conta as diferenças regionais", explica.  
A programação continua até as 18 horas com oficinas, palestras e minicursos.
 

Autoria: Elza Muniz
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