25 Maio, 2017 16:45

Viva Semiárido vai receber mais U$ 16 mi do FIDA

Novo contrato de U$ 30 mi já está sendo projetado para o semiárido piauiense para os próximos anos

Jorge Henrique Bastos
Reunião com técnicos do FIDA (Jorge Henrique Bastos)

Nesta quinta-feira (25), representantes do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) se reuniram com o governador Wellington Dias, no Palácio de Karnak, onde revisaram o meio termo do Programa Viva o Semiárido (PVSA). Com sua primeira etapa concluída, o programa é executado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR) e já investiu quase R$ 90 milhões, sendo previsto um aditivo de mais R$ 30 milhões para serem aplicados até 2020, com a conclusão do programa. Para seguir com a colaboração, o governo e a Fida já projetam um novo programa para o Piauí na faixa de U$ 30 milhões (dólares).

O projeto tem como estratégia fortalecer a base produtiva nos diferentes territórios onde o Viva o Semiárido atua, buscando sempre envolver as famílias mais carentes, com foco nos jovens, mulheres e membros de comunidades quilombolas. Atualmente, o PVSA contempla 89 municípios dos territórios Vale do Sambito, Vale do Rio Guaribas, Vale Chapada do Itaim, Vale do Rio Canindé e Serra da Capivara, beneficiando 2.037 famílias piauienses.

“Estamos fazendo um aditivo a um contrato já existente. São 16 milhões de dólares mas já com um outro contrato de 30 milhões nesse mesmo formato. A expectativa é que em 2018 possamos fazer um contrato maior, no valor de R$ 150 milhões de dólares que tem por objetivo estabelecer um pojeto jeto de desenvolvimento do Piauí na área do empreendedorismo, da mudança climática”, informou o governador Wellington Dias.

Em missão técnica, o representante do Fida no Brasil, Hardi Vieira, avaliou como assertivo o convênio no Piauí, iniciado em 2013. “O balanço foi muito positivo porque houve um avanço muito grande nas atividades produtiva do projeto. São mais de 150 planos de negócios produtivos já aprovados e durante a missão nós tivemos a oportunidade de visitar 17 em mais de 13 municípios. O balanço é muito positivo. Recomendamos ao Governo do Estado alguns pequenos ajustes, principalmente o reforço de atenção a outros componentes do projeto que não são ligados a questão produtiva, como a educação contextualizada e o empreendedorismo para jovens no campo”, declarou o representante.

Recursos hídricos do semiárido

O Governo do Estado prevê a utilização dos novos recursos de convênio com o Fida para o aproveitamento hídrico do Rio Piauí, a partir da Barragem do Jenipapo com seus 300 milhões de metros cúbicos de água, conciliando produção de piscicultura, irrigação e recuperação ambiental na bacia e nos barramentos dos municípios da região.

“Tudo isso com um objetivo, de um lado recuperar a mata ciliar, a recarga do lençol freático, a recuperação da nascente do Rio e aí temos uma parceria do Fundo de Mudanças Climáticas. Queremos também gerar emprego para as pessoas que moram na região e com muita segurança. O projeto Marrecas, o projeto Lisboa, vários projetos já são exemplos, agora é espalhar para outras bacias, a do Piauí-Canindé tem uma perspectiva de 16 rios do semiárido do Piauí”, explicou o governador, destacando a potencialidade da região.

Impacto na realidade social

O secretário de Desenvolvimento Rural, Francisco Limma, explica como o Viva Semiárido contribui efetivamente na realidade de produtores rurais do semiárido piauiense. “Ele ajuda essas família na aquisição de equipamentos como uma forrageira, uma caixa para produção de mel, um aprisco, ou matrizes ou até o acesso a mercado. Tudo isso facilita e fortalece o desenvolvimento e o aumento da renda dessas famílias beneficiadas”, disse.

O Governo do Estado acredita que o PVSA melhora a renda das pessoas com a incorporação de nova tecnologias, novos equipamentos e com o fortalecimento da organização social dos produtores. A preparação das famílias, através da educação contextualizada para uma melhor convivência com o semiárido e a melhoria na capacidade empreendedora das famílias também se configuram como mecanismos que combatem a pobreza e a emigração, e fomentam o desenvolvimento da região semiárida através do programa. 

Autoria: Valmir Macêdo
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