26 Julho, 2019 11:07

Com novo equipamento, HGV realiza cirurgias complexas minimamente invasivas

O hospital está renovando o parque tecnológico  através da Fundação Hospitalar do Estado (Fepiserh)

Avançando como hospital de alta complexidade, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou, nesta sexta-feira (26), procedimento de remoção de tumor de hipófise por via endonasal, sem cortes exteriores. A cirurgia somente foi possível devido à aquisição de mais um moderno videolaparoscópico. Para o diretor-geral do HGV, Gilberto Albuquerque, o hospital está renovando o parque tecnológico  por meio da Fundação Hospitalar do Estado (Fepiserh), que administra o hospital, e adquirindo equipamentos que possibilitam a realização de cirurgias cada vez mais complexas.

A paciente Ana Paula Soares, 21 anos, proveniente do município de Elesbão Veloso-PI, disse que ficou menos preocupada quando soube que não ia ter nenhum corte na cabeça. “Quando soube que tinha um tumor fiquei muito triste, mas fiquei aliviada quando o médico explicou que não ia cortar minha cabeça para tirar o tumor”, conta Ana Paula.

O médico otorrinolaringologista Antônio Pedro do Nascimento, que participou da cirurgia, explica como acontece o procedimento. “Através do equipamento de vídeocirurgia endoscópica, entramos pelas narinas, passamos pelos seios esfenoidais e acessamos o interior do crânio numa região chamada de "sela túrcica" onde se localiza o tumor da hipófise. Nesse momento, o neurocirurgião assume a cirurgia e resseca o tumor. A seguir, o otorrinolaringologista, subespecialista em Cirurgia da Base do Crânio, retoma o comando da cirurgia e refaz o trajeto nasal, de volta, finalizando a cirurgia”, detalha o cirurgião.

O neurocirugião Reynaldo Mendes, que também participou do procedimento, destaca que o tumor na hipófise acarreta alterações hormonais e sequelas neurológicas que reduzem a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes. “A principal disfunção neurológica causada pelo tumor é a perda da visão”, explica o médico.

Ele acrescenta que uma equipe multidisciplinar composta por otorrinolaringologistas e neurocirurgiões é necessária. "Porque o otorrinolaringologista, possuidor de um grande conhecimento da cavidade nasossinusal, faz o acesso pela via endonasal, posiciona a microcâmera para que o neurocirurgião possa realizar o procedimento cirúrgico e operar com as duas mãos, obtendo com isso, uma melhor exposição do campo operatório e uma melhor eficiência", argumenta Reynaldo Mendes.

Além de Reynaldo Mendes e Antônio Pedro, a complexa cirurgia foi realizada também pelo otorrinolaringologista Vitor Yamashiro.

Fonte: HGV
Autoria: Fátima Oliveira
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