06 Junho, 2019 12:40

Governador trata sobre regularização fundiária de comunidades quilombolas

Eles fizeram reivindicações para melhorias das famílias que vivem em comunidades de todo o estado.

Representantes do Movimento Quilombola do Piauí estiveram, nesta quinta-feira (06), com o governador Wellington Dias para tratar de pautas que visam à melhoria das 226 comunidades existentes hoje no estado. A coordenadora do movimento, Maria Rosalina, foi quem levou as principais demandas para discussão. 

“Viemos trazer ao governador alguns dos principais pontos, como a agilidade na regularização fundiária dos territórios quilombolas. Além disso, a questão das políticas públicas sociais específicas para as famílias, porque não basta ter os territórios garantidos se não existem condições de qualidade de vida com dignidade nessas comunidades”, disse Rosalina. 

A representante destacou ainda a necessidade prioritária da agilidade do cadastro ambiental quilombola e educação voltada para os quilombos. “É uma grande oportunidade poder dialogar com o governador e trazer essas demandas pessoalmente”, afirmou a coordenadora. 

A diretora de Assuntos Sociais do Governo, Núbia Lopes, também participou da reunião e reforçou os pedidos feitos. “O cadastro ambiental rural, a questão dos territórios, educação inclusiva, fortalecimento da agricultura familiar, assistência social, direitos e trabalho são os principais pedidos das comunidades. Hoje, eles puderam conversar com o governador que deve analisar cada pedido. Um documento foi entregue com todos os detalhamentos”, explicou Lopes.  

O governador anunciou a criação de um grupo de trabalho para trabalhar as demandas solicitadas. “A nossa vice-governadora Regina Sousa irá coordenar um grupo voltado para atender às solicitações das comunidades. Um dos nossos objetivos é apoiar aqueles que mais precisam, homens e mulheres que no passado foram escravizados e em seguida receberam sua liberdade, mas ficaram ao longo da história sem alguns direitos reconhecidos. Boa parte dos problemas são relacionados à regularização da terra”, disse Wellington. 

“Sem a regularização fundiária não é possível desenvolver o quilombo. Vamos, junto ao Instituto de Terras do Piauí (Interpi), buscar antecipar a garantia de terras dessas comunidades", disse Regina Sousa.

Autoria: Aline Medeiros e Lorenna Costa

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