Interpi recebe representantes da Pastoral da Terra
A comissão solicita titulação de terras de comunidades nos cerrados piauienses.
O Instituto de Terras do Piauí (Interpi) recebeu, nessa quarta-feira (13), a Comissão de Pastoral da Terra (CPT). A entidade acompanha a situação de, pelo menos, vinte famílias que moram na região dos cerrados há mais de cem anos. O temor é pela perda das terras para fazendeiros de monoculturas como soja, milho e algodão. Eles pedem uma atenção maior para a concessão de títulos das terras.
Segundo o diretor-geral do Interpi, Herbert Buenos Aires, a comissão é porta-voz das comunidades no que diz respeito à titulação definitiva das terras. ”Há uma preocupação que os grandes produtores terminem por descer as chapadas com direção aos baixões onde eles [as comunidades] estão alocados, onde residem atualmente, e avancem sobre as terras que tradicionalmente eles ocupam”, informou o gestor.
Buenos Aires disse também que as terras em questão pertencem ao Estado. “Estamos conversando para que as comunidades sejam tituladas de forma mais imediata dentro do programa de regularização fundiária. Iremos iniciar o trabalho para cerca de 12 comunidades que a CPT considera como mais problemáticas nessa região”, disse Herbert.
Procedimento
A comunidade pode entrar com uma solicitação de titulação no próprio Interpi. Parte das comunidades da região dos cerrados já iniciou o processo. O compromisso do órgão é de acompanhar todo o processo, desde a visita à comunidade, trabalho junto às famílias, georreferenciamento da região, produção do CAR e finaliza com a emissão do título e posterior registro em cartório.
“Em todos os casos, há uma profunda interação com ambas as partes, até na definição em qual modalidade ela pode se inserir, se de forma coletiva ou individual”, finalizou Herbert Buenos Aires.