06 Junho, 2017 16:19

Teste do Pezinho deve ser feito do terceiro  até o quinto dia de vida dos bebês

Hoje, dia 6 de junho foi a data escolhida para ser comemorado Dia Nacional do Teste do Pezinho.

O Teste do Pezinho, realizado na Maternidade Dona Evangelina Rosa através do Instituto de Perinatologia social (IPS), é um dos exames mais importantes para detectar doenças em recém-nascidos e tratá-las de forma precoce. O recomendado é que seja realizada a partir do 3º ao 5º dia de nascido, mas, caso haja algum impossibilidade o bebê pode ser submetido ao teste o quanto antes. Hoje, dia 6 de junho foi a data escolhida para ser comemorado Dia Nacional do Teste do Pezinho. O dia tem como objetivo esclarecer e alertar às famílias sobre a importância da realização do exame

O teste realizado no IPS é feito com coleta de sangue do calcanhar do bebê, que é uma região de grande fluxo sanguíneo. As gotinhas de sangue são colocadas em um papell filtro e encaminhadas para análise.

O procedimento pode detectar quatro tipos de patologias: fenilcetonúria, hiportiroidismo congênito, fibrose cística e anemia falciforme.  A Fenilcetonúria (freqüência 1 para 15.000) - doença hereditária causada pela ausência ou diminuição da atividade de uma enzima, fato que impede a metabolização adequada do aminoácido fenilalanina. Os altos níveis de fenilalanina não metabolizada causam alterações no sistema nervoso, levando à deficiência intelectual severa e irreversível nos casos não tratados. Hipotireoidismo Congênito (freqüência de 1 para 4.000) - é uma doença causada pela falta ou produção deficiente da tiroxina, um hormônio da tireóide necessário para o desenvolvimento normal de todo o organismo, inclusive o cérebro. A falta da tiroxina traz consequências como deficiência intelectual grave e comprometimento do crescimento nos casos não tratados precocemente. Anemia Falciforme (freqüência de 1 para 400 a 1 para 1.000) – é uma doença causada pela alteração estrutural na molécula de hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos vermelhos, responsável pelo transporte do oxigênio para os tecidos. Os indivíduos afetados apresentam complicações que podem afetar quase todos os órgãos e sistemas, sendo suscetível a anemia, infecções generalizadas, atraso no crescimento e dores.

“Essas doenças, se não tratadas o quanto antes, podem levar à deficiência intelectual e comprometer desenvolvimento físico da criança”, segundo alerta a Responsável Técnica do IPS, enfermeira Mariana Portela. “Quantos mais cedo o teste do pezinho for feito, mas rápido, em caso positivo, as patologias são tratadas”, esclarece Mariana, explicando que no caso dos resultados positivos, as crianças são encaminhadas para o Hospital Infantil para tratamento precoce.

O Instituto de Perinatologia Social da Evangelina Rosa realiza, em média, 200 a 250 testes do pezinho por mês. Em 2016 foram 3666 bebês submetidos ao exame. “Um número bom, mas que podemos aumentar”, diz a enfermeira, convocando às gestantes e mães que tragam seus bebês para realizaram o teste no IPS, que funciona nos turnos manhã e tarde. “Toda criança tem que fazer”, reforça.

Segundo o Ministério da Saúde, "em sua versão mais simples, o teste do pezinho foi introduzido no Brasil na década de 70. Desde 1992, o teste se tornou obrigatório em todo o país e, em 2001, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (portaria 822). Informa ainda que mais de 80% das crianças nascidas em território nacional passam pela triagem neonatal,

 

Autoria: Astrid Lages
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