13 Novembro, 2017 15:22

Saúde elabora Plano de Ação para Enfrentamento à Obesidade

17,5% da população adulta piauiense é obesa.

James Almeida
(James Almeida)

A obesidade é um fator de risco que pode ocasionar várias doenças, sendo um dos maiores problemas de saúde na atualidade com evidência crescente para o futuro. Para diminuir os índices alarmantes no Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde realizou, nesta segunda-feira (13), a oficina de elaboração do Plano de Ação para Enfrentamento à Obesidade. As discussões acontecem até esta terça (14) no auditório do Tribunal de Contas do Estado.

O secretario de Estado da Saúde, Florentino Neto, destacou que essa é ação para chamar atenção da sociedade para o tema e frisou a importância das parcerias para efetivação do Plano. “Precisamos nos educar no que diz respeito à alimentação e o enfrentar o sedentarismo. Se unirmos nossas forças já estaremos dando um grande passo, por isso quem esta aqui será um multiplicador deste plano e assim vamos combater esse mal que esta atingindo nossa sociedade”, disse o secretário.

Segundo dados do Boletim de Informação em Saúde (BIS), aproximadamente 17,5% da população adulta piauiense é obesa atualmente, o que representa um aumento de 286% de pessoas com excesso de peso em todo o Estado, desde 2008. O objetivo do evento é discutir alternativas de enfrentamento à obesidade.  Segundo Cristiane Moura Fé, superintendente de Atenção à Saúde, o tema preocupa as autoridades de saúde por ser um dos problemas de agravo à saúde pública. “A obesidade tem outras intercorrências, como por exemplos, os cânceres, que já foram relacionados 13 tipos”, salienta Cristiane.

O evento reuniu além de técnicos da Secretaria de Estado Saúde, representantes das regionais de saúde e vários segmentos da gestão estadual, como Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e Secretaria de Assistência Social (SASC), Conselho Estadual, Universidades, Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e Ministério Público Estadual.

O presidente da Associação dos Prefeitos Municipais (APPM), Gil Carlos, falou que é uma oportunidade impar para discutir o tema. “A atenção básica tem um papel importante nesse combate à obesidade.  Essa unidade, na discursão desse tema, vai fortalecer a saúde e teremos resultados  positivos lá na frente”, destaca.

A obesidade está relacionada à condições sociais, econômicas, endócrinas, metabólicas e psiquiátricas, onde os fatores ambientais estão ligados aos hábitos de vida, tais como: ingestão de dietas com elevado teor calórico e sedentarismo. E, como consequência desses hábitos, estudos mostram que há uma associação entre a obesidade e a mortalidade devido ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, diabetes, etc.

Ao final da oficina será composto um grupo técnico de trabalho intersetorial que dará seguimento às ações que virão acontecer não somente na área da saúde, mas também diversas outras.

Confira o boletim (BIS)

Autoria: Denise Nascimento e James Almeida
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