24 Maio, 2019 14:23

Sesapi autoriza 22 cirurgias de alta complexidade por meio do Programa de Tratamento Fora de Domicílio

Em 2019, foram autorizadas 22 cirurgias cardíacas através do Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

Pedro Falcão
(Pedro Falcão)

 A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) já autorizou 22 cirurgias cardíacas, em 2019, por meio do Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD). O TFD é um instrumento legal que visa garantir, através do SUS, tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem. O paciente é encaminhado por ordem médica à unidades de saúde de outro município ou estado, quando forem esgotados todos os meios de tratamento na localidade de residência. Destina-se a pacientes que necessitem de assistência médico-hospitalar cujo procedimento seja considerado de alta e média complexidade eletiva.

Por serem procedimentos de alta complexidade e pelo fato de poucas unidades hospitalares no estado ofertarem o serviço, o procedimento é regulado pela Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC), que é gerenciado pelo Ministério da Saúde e atende demanda de todo país. As cirurgias são autorizadas em hospitais dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraná.

Com a Central, é feito o dimensionamento do fluxo migratório de pacientes entre Unidades Federativas, sendo o estado o órgão que procura a vaga na rede ofertada, responsável por fazer a articulação entre o paciente e a Central Nacional. O tratamento pode incluir da consulta ao procedimento cirúrgico e a garantia de vaga de UTI, após a cirurgia.

Todos os esforços da equipe da Secretaria de Saúde são feitos para garantir o tratamento dos pacientes, numa corrida contra o tempo que envolve uma grande mobilização, tanto entre os técnicos desde órgão, como da CNRAC, como da rede hospitalar que oferta o serviço.

O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, recebeu essa semana na Sesapi dois pequenos pacientes que nasceram com cardiopatias graves e que tiveram suas cirurgias viabilizadas pela Secretaria através do cadastro, em 2018.

Isabele tem um ano e três meses de idade e fez a cirurgia no mês de setembro de 2018, em São Paulo. A mãe, Marcoênia Lima, contou que a criança, após a cirurgia, ficou mais ativa, diminuiu o cansaço e não fica mais arroxeada. “Vim aqui na Secretaria agradecer à equipe pelo esforço em nos ajudar e mostrar que criança cardiopata pode sim sobreviver. Estamos todos muito felizes”, afirma a mãe.

Luiz Guilherme tem um ano e quatro meses e a mãe, Tuane Costa, descobriu a cardiopatia do bebê tinha quando tinha apenas oito semanas. Tuane foi internada em hopital de São Paulo até o nascimento do menino que foi submetido à primeira cirurgia aos quatro dias de nascido. Luiz Guilherme ficou ainda quatro meses internado. “Ele já fez a segunda cirurgia e a terceira vai ser realizada quando ele completar três anos de idade, mas já foi uma vitória enorme. Luiz Guilherme tem uma nova data de nascimento graças às cirurgias”, afirma Tuane.

De acordo com o secretário Florentino Neto, a Secretaria se esforça para viabilizar as cirurgias em tempo hábil para ter essa alegria que é a vida dessas crianças. “As famílias estão juntas conosco nessa luta, pensando na reabilitação dessas crianças e projetando para o futuro. Temos também a ajuda das Maternidades, Conselho Tutelar, Ministério Público, Vara da Infancia e da Adolescencia e Defensoria Pública, que são muito importantes nesse processo”, diz o secretário.

Autoria: Eli Lopes
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