22 Maio, 2019 18:06

Secretário de Saúde participa de audiência pública na Assembleia Legislativa

No Piauí, existem dois sistemas de regulação, um municipal e outro estadual, ambos com autonomia de funcionamento.

Atendendo convite da Comissão de Educação, Cultura e Saúde, da Assembleia Legislativa, o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, participou, na manhã desta quarta-feira (22), de audiência pública para debater a regulação de leitos hospitalares na Central do SUS do Estado e do município de Teresina. A audiência foi proposta pelos deputados Teresa Britto e Francisco Costa.

A Central de Regulação de Leitos para Internações começou a funcionar em 2014. Na época, foi estruturado um núcleo interno de regulação para organizar o fluxo dos pacientes. No Piauí, existem dois sistemas de regulação, um municipal e outro estadual, ambos com autonomia de funcionamento. Na reunião, os deputados sugeriram a unificação do sistema.

O secretário Florentino Neto explicou que o Piauí possui 104 hospitais, sendo 72 municipais e 32 estaduais. O número, segundo ele, é significativo e coloca o estado em situação de destaque no cenário nacional, ultrapassando, inclusive, outros mais ricos na quantidade de leitos disponibilizados para a população. Ele reconhece, no entanto, que no tocante a manutenção da rede hospital os recursos não são suficientes para custear o valor global investido no setor.

“Os recursos cobrem de 16% a 26% dos custos dos procedimentos. A tabela está defasada”, alegou o gestor. Anualmente, são destinados R$ 724 milhões por ano para média e alta complexidade. “Destes 26,9% são usados em todo o estado, o equivalente a R$ 196 milhões. Outros 21,2% dos recursos vão para 17 municípios com gestão plena como Parnaíba, Floriano, Piripiri e o restante, 51%, é gerenciado pelo município de Teresina para a parte hospitalar, ambulatorial e reserva técnica”, informou.

Segundo o secretário de Saúde, a descentralização da saúde pública para cidades como Floriano, por exemplo, que atualmente realiza neurocirurgias é bancada pelo Estado. “Aumentaram estratosfericamente os custos desses hospitais que são custeados só pelo governo estadual”, argumentou.

De acordo com números divulgados pela Sesapi, de 2014 a 2018, houve redução no número de transferências dos hospitais do interior para Teresina. Em Picos, houve uma queda de 81% no número de transferências para a capital nesse período. Em Campo Maior, 72%, e 61% em Parnaíba e Floriano. “Em alguns meses, zeramos os encaminhamentos de Parnaíba para Teresina”, destacou o secretário.

Além de Florentino Neto, também participaram da Audiência o superintende da Fundação Hospitalar, Pablo Santos; os deputados Francisco Limma e Franzé Silva; diretores dos hospitais  e dirigentes dos setores de regulação de leitos do Estado e de Teresina, além de pacientes do sistema.  

Autoria: Elida de Sá
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