14 Agosto, 2019 12:59

Teresina 167 anos: egressos da Uespi desenvolvem projetos educacionais

As educadoras têm em comum a dedicação aos sistemas educacionais da capital.

Centenas de egressos formados pela Uespi trabalham nos sistemas educacionais de Teresina. Uma dessas profissionais é a professora Rosário Moura, de 50 anos. Atualmente ela é diretora do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Antônia Nonato (bairro Ilhotas) e tutora do Núcleo de Educação à Distância – Nead do curso de Pedagogia, além de já ter sido professora qualificadora do programa “Projovem”.

“Comecei minha graduação na Uespi com 34 anos. Estava há 10 anos sem estudar e o que me moveu a voltar ao ambiente acadêmico foi a baixa valorização que a dona de casa tem. Enxerguei na profissão de pedagoga a oportunidade de realizar meu sonho de ser professora. Hoje, me considero uma vitoriosa, amo o meu trabalho, pois sou muito apegada principalmente às crianças”, afirmou Rosário.

Uma das atividades lúdicas desenvolvidas na escola Professora Antônia Nonato refere-se à valorização dos pontos turísticos de Teresina. Em comemoração ao aniversário da cidade, crianças do maternal aprenderam sobre o patrimônio histórico da cidade, por meio de textos poéticos e atividades ligadas ao letramento.

“Jardim de Poesia”  é destaque em Teresina e Portugal

A professora Marinalva Chaves, outra egressa da Uespi, desenvolveu o projeto chamado Jardim de Poesia com a participação de crianças, professores e pais dos alunos. A atividade foi realizada  no CMEI Francisco de Assis (zona norte de Teresina).

A iniciativa foi reverenciada no Brasil e exterior, sendo destaque no concurso do Prêmio de Professores do Brasil – PPB, em 2018, além de ser apresentada em Lisboa (Portugal), no IV Encontro Luso- Brasileiro: Trabalho docente e formação de professores.

A ideia foi proporcionar um ambiente de leitura, que estimule a formação de crianças leitoras em uma perspectiva de construção das aprendizagens. O espaço se tornou um jardim permanente de manifestações artísticas e literárias que enriquecem o trabalho com as crianças.

“Percebi que todo professor é um artista e dos mais completos, pois para ingressarmos no mundo da educação, a gente tem que embrenhar nas artes cênicas, plásticas, entre outras. Hoje, o local que mais me realizo é na escola pública onde atuo. Sei que a maioria das crianças é carente de quase tudo que a vida lhes pode dar e que a escola para eles, muitas vezes, é o único local de refúgio em que ela pode adentrar e perseguir no caminho de mudanças em sua vida”, destaca.

Atualmente, 256 alunos participam do projeto, que conta com a parceria de escritores e artistas regionais e nacionais. Os frutos da ação desenvolvida pela professora têm se espalhado por toda a escola. Duas crianças participantes do Jardim de Poesia escreveram e ilustraram o livro “O beija-flor que perdeu a memória”, apresentado no Salão de Livros do Piauí (Salipi) em 2018.

Atendimento para crianças com deficiência

Graduada e pós-graduada em Pedagogia e Libras na Uespi, a professora Leila Maria Paz trabalha há nove anos no Atendimento Educação Especializado (AEE) com crianças e adolescentes com autismo, nas escolas municipais. O AEE desenvolve projetos de oficinas, leituras, ensino de libras, bem como eventos culturais e bazar solidário para pais e alunos ouvintes.

A pedagoga desenvolve recursos, palestras, avaliações e atividades adaptadas com o objetivo de estimular habilidades pedagógicas em crianças com deficiência. Além disso, a professora faz ambientações do espaço escolar para inclusão do aluno com deficiência e equidade, assim como participa dos acompanhamentos dos alunos atendidos e capacita professores e toda a comunidade acadêmica.

“O importante de se trabalhar a inclusão social é respeitar o direito de ser do outro. Começamos a desenvolver esses conceitos e valores a partir de nossos pequenos, para que assim, no futuro próximo, essas crianças se tornem adultos e cidadãos que contribuam para uma sociedade com mais equidade”, explicou a profª Leila.

Egressas da Uespi, as educadoras têm em comum a dedicação aos sistemas educacionais de Teresina, seja por meio de inclusão social ou desenvolvimento de projetos, contribuindo para o progresso da cidade, a partir dos pilares da instituição: ensino, pesquisa e extensão.

Autoria: Arnaldo Alves
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