Maria Regina Sousa

Nascida na cidade de União, em 1950, em uma família de 14 irmãos, Maria Regina Sousa, 68 anos, é filha do trabalhador rural Raimundo Sousa Miranda, já falecido, e da dona de casa Maria da Conceição Silva Miranda. Aos 10 anos já sabia plantar e colher feijão, milho e fava. Foi quebradeira de coco e, observando o que ocorria com os pais que moravam em “terra alheia”, ainda menina, compreendeu a necessidade da reforma agrária, expressão que aprendeu com um tio militante das Ligas Camponesas, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de União.

É formada em Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Língua Francesa pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Tornou-se professora em 1971, primeiro do ensino fundamental, depois no ensino médio e na universidade.

Em plena ditadura militar, iniciou o processo de consciência política, atuando nos movimentos sociais. Começou a militância sindical em 1978, onde conheceu o grande parceiro político, Wellington Dias – atual governador do Piauí. 

Ingressou no Banco do Brasil em 1983. É fundadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Piauí, da qual já foi presidente estadual e membro da direção nacional.

Foi eleita presidente do Diretório Estadual do PT no Piauí, partido que já comandou por seis mandatos alternados, e coordenou as campanhas vitoriosas de Lula e Wellington, em 2002 e 2006.

Exerceu o cargo de secretária de Estado da Administração, de 2003 a 2010, nos dois primeiros governos de Wellington à frente do Executivo estadual.

Em 2010, foi eleita suplente do senador Wellington Dias, assumindo como titular do cargo em janeiro 2015, quando ele foi eleito governador do Piauí pela terceira vez, sendo a primeira mulher a assumir o Senado pelo Piauí.

Enquanto senadora da República, presidiu a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal. Lá, realizou audiências públicas sobre direitos trabalhistas, terras indígenas e quilombolas, violência contra a mulher e a população LGBT, Previdência Social, combate ao racismo, entre outros.

É autora de vários projetos tramitando no Senado, entre eles o que garante mais proteção social a crianças com pai ou mãe encarcerados; permite acervo de livros paradidáticos e de literatura infantil em salas de aula da educação infantil e dos cinco primeiros anos do ensino fundamental; e o que garante transporte para mães e filhos recém-nascidos entre o local do parto e a residência e da residência ao serviço de saúde para complementação de exames.

Em 2018, foi eleita vice-governadora do Estado do Piauí, ao lado de Wellington Dias. Tem como meta trazer para o centro da pauta do governo a temática dos Direitos Humanos e meio ambiente. Defende o empoderamento das mulheres como fundamental para a mudança política no país, como também, uma atenção especial às chamadas populações invisíveis (populações em situação de rua) pessoas que só querem ter os direitos garantidos e serem vistos como cidadãos.